Após visitação da exposição da artista Beatriz Milhares, as participantes do Grupo de Estudos dos Interessados em Arteterapia (G.E.I.A.) produziram suas obras. Utilizaram diferentes materiais e técnicas. Confira nas fotos as belas expressões artísticas.
domingo, 29 de setembro de 2013
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Beatriz Milhazes
A cor é um elemento estrutural na obra de Beatriz Milhazes. Seu repertório inclui questões relativas à abstração geométrica, ao carnaval e ao modernismo, assim como ao concreto e ao neoconcreto brasileiros, à op e pop art. Beatriz pinta flores, arabescos, alvos e quadrados sobre uma superfície de plástico, para depois transferi-los para a tela. Nas colagens, sobrepõe camadas de cor utilizando-se de papéis de bala e sacolas de compras, criando uma harmonia de excessos, cujo impacto pictórico espelha a sua pintura.
A exposição da artista está no Paço Imperial - Rio de Janeiro. Vale a pena visitar.ROMANTISMO
O romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, que representa as mudanças no plano individual, destacando a personalidade, sensibilidade, emoção e os valores interiores.
Atingiu primeiro a literatura e a filosofia, para depois se expressar através das artes plásticas. A literatura romântica , abarcando a épica e a lírica, do teatro ao romance, foi um movimento de vanguarda e que teve grande repercussão na formação da sociedade da época, ao contrário das artes plásticas, que desempenharam um papel menos vanguardista.
A arte romântica se opôs ao racionalismo da época da Revolução Francesa e de seus ideais, propondo a elevação dos sentimentos acima do pensamento.
CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO
Grande é o número de características que marcaram o
movimento romântico, características essas que, centradas sempre na valorização
do eu e da liberdade, vão-se entrelaçando, umas atadas às outras, umas
desencadeando outras e formando um amplo painel de traços reveladores.
Para aqui discuti-las, vamos seguir os aspectos
considerados os mais significativos por Domício Proença Filho em sua análise
dos estilos de época na literatura. [1]
1. Contraste entre os ideais divulgados e a
limitação imposta pela realidade vivida. O universo conhecido se alarga, o
Século das Luzes deixa um rastro de anseios libertários, desloca-se o centro do
poder; a dependência social e econômica, a inconsciência, o desconhecimento
estabelecem para a imensa maioria, no entanto, uma existência marcada por
limitações de toda ordem.
2. Imaginação criadora. Num movimento de
escapismo, o artista romântico evade-se para os universos criados em sua
imaginação, ambientados no passado ou no futuro idealizados, em terras
distantes envoltas na magia e no exotismo, nos ideais libertários alimentados
nas figuras dos heróis. A fantasia leva os românticos a criar tanto mundos de
beleza que fascinam a sensibilidade, como universos em que a extrema emoção se
realiza no belo associado ao terrificante (vejam-se as figuras do Drácula, do
Frankstein, do Corcunda de Notre Dame e a ambiência que os rodeia).
3. Subjetivismo. É o mundo pessoal,
interior, os sentimentos do autor que se fazem o espaço central da criação. Com
plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor suas
emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra.
4. Evasão. O escapismo romântico
manifesta-se tanto nos processos de idealização da realidade circundante como
na fuga para mundos imaginários. Quando acompanhado de desesperança, sucumbe ao
chamado da morte, companheira desejada por muitos e tema recorrente em grande
número de poetas.
5. Senso de mistério. A valorização do
mistério, do mágico, do maravilhoso acompanha a criação romântica. É também
esse senso de mistério que leva grande número de autores românticos a buscar o
sobrenatural e o terror.
6. Consciência da solidão. Conseqüência do
exacerbado subjetivismo, que dá ao autor romântico um sentimento de inadequação
e o leva a sentir-se deslocado no mundo real e, muitas vezes, a buscar refúgio
no próprio eu.
7. Reformismo. Esta característica
manifesta-se na participação de autores românticos em movimentos contestadores
e libertários, com grande influência em sua produção, como foi a campanha
abolicionista abraçada por Castro Alves e o movimento republicano assumido por
Sílvio Romero.
8. Sonho. Revela-se na idealização do
mundo, na busca por verdades diferentes daquelas conhecidas, na revelação de
anseios.
9. Fé. É a fé que conduz o movimento:
crença na própria verdade, crença na justiça procurada, crença nos sentimentos
revelados, crença nos ideais perseguidos, crença que se revela ainda em
diferentes manifestações de religiosidade cristã – fé. Não se pode esquecer a
profunda influência do medievalismo na construção do mundo romântico, dele
fazendo parte a religiosidade cristã.
10. Ilogismo. Manifestações emocionais que
se opõem e contradizem.
11. Culto da natureza. A natureza adquire
especial significado no mundo romântico. Testemunha e companheira das almas
sensíveis, é, também, refúgio, proteção, mãe acolhedora. Costuma-se afirmar
que, para os românticos, a natureza foi também personagem, com papel ativo na
trama.
12. Retorno ao passado. Tal retorno deu
origem a diversas manifestações: saudosismo voltado para a infância, o passado
individual; medievalismo e indianismo, na busca pelas raízes históricas, as
origens que dignificam a pátria.
13. Gosto do pitoresco, do exótico.
Valorização de terras ainda não exploradas, do mundo oriental, de países
distantes.
14. Exagero. Exagero nas emoções, nos
sentimentos, nas figuras do herói e do vilão, na visão maniqueísta a dividir o
bem e o mal, exagero que se manifesta nas características já listadas.
15. Liberdade criadora. Valorização do
gênio criador e renovador do artista, colocado acima de qualquer regra.
16. Sentimentalismo. A poesia do eu, do
amor, da paixão. O amor, mais que qualquer outro sentimento, é o estado de fruição
estética que se manifesta em extremos de exaltação ou de cinismo e
libertinagem, mas sempre o amor.
17. Ânsia de glória. O artista quer ver-se
reconhecido e admirado.
18. Importância da paisagem. A paisagem é
tecida de acordo com as emoções dos personagens e a temática das obras
literárias.
19. Gosto pelas ruínas. A natureza
sobrepõe-se à obra construída.
20. Gosto pelo noturno. Em harmonia com a
atmosfera de mistério, tão próxima do gosto de todos os românticos.
21. Idealização da mulher. Anjo ou
prostituta, a figura da mulher é sempre idealizada.
22. Função sacralizadora da arte. O poeta
sente-se como guia da humanidade e vê na arte uma função redentora.
Acrescentem-se a essas características
os novos elementos estilísticos introduzidos na arte literária: a valorização
do romance em suas muitas variantes; a liberdade no uso do ritmo e da métrica;
a confusão dos gêneros, dando lugar à criação de novas formas poéticas; a
renovação do teatro.
[1]
PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de época
na literatura. 15 ed. São Paulo: Ática, 1995, p. 216-227
Colcha de Retalhos
Filme - Título original:
(How to Make an American Quilt)
Enquanto elabora sua tese e se prepara para se casar Finn Dodd (Wynona Ryder), uma jovem mulher, vai morar na casa da sua avó (Ellen Burstyn). Lá estão várias amigas da família, que preparam uma elaborada colcha de retalhos como presente de casamento. Enquanto o trabalho é feito ela ouve o relato de paixões e envolvimentos, nem sempre moralmente aprováveis mas repletos de sentimentos, que estas mulheres tiveram. Neste meio tempo ela se sente atraída por um desconhecido, criando dúvidas no seu coração que precisam ser esclarecidas.
Nós, do Curso de Formação em Arteterapia, após assistir ao filme e discuti-lo, confeccionamos a nossa colcha de retalhos. Confira nas fotos.
ZINE
ZINE: é uma publicação independente da baixa tiragem, geralmente feita com xerox. As imagens são de autoria própria ou apropriação de imagens com intervenção.
Fanzine é uma abreviação de fanatic magazine, mais propriamente da aglutinação da última sílaba da palavra magazine (revista) com a sílaba inicial de fanatic. Fanzine é portanto, uma revista editada por um fan (fã, em português). Trata-se de uma publicação despretensiosa, eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, dependendo do poder econômico do respectivo editor (faneditor).
No Brasil o termo fanzine é genérico para toda produção independente. Houve uma distinção entre fanzines (feitos por fãs) e produção independente (Produção artística inédita), mas a disseminação do termo "fanzine" fez com que toda a produção independente no Brasil fosse denominada fanzines.
o Espaço Marise Piloto criou seus zines com o título de A FONTE
A Fonte: manancial de água que nasce do solo; causa;
origem; origem de uma informação; aquilo que produz alguma coisa; conjunto dos
caracteres necessários para uma composição tipográfica. (Dicionário do
Estudante – Dermival Rios)
já estamos com duas produções:
A FONTE – Assuntos de Arteterapia
A FONTE 2 – Atividades de artes
"Quando entrar setembro..."
SOL DE PRIMAVERA
Beto Guedes
Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...
Assinar:
Postagens (Atom)