quarta-feira, 11 de julho de 2012

O ADOLESCENTE

O conceito de adolescência


Embora o conceito de adolescência seja relativamente recente na história da civilização (Ariès, 1962), a noção de adolescência tem suas raízes na Grécia Antiga.

Aristóteles considerou os adolescentes como: "Apaixonados, irascíveis, capazes de serem arrebatados por seus impulsos, ...[ainda que tenham] altas aspirações ...Se o jovem comete uma falta é sempre no lado do excesso e do exagero, uma vez que eles levam todas as coisas longe demais"(Kiell, 1964, pp. 18-19).

A partir dessas observações, pode-se afirmar que vinculada à ideia adolescente encontramos o estilo adolescente, que pode ser resumido em: preparação, vir a ser, crescimento e dor.

No início da adolescência, na puberdade, por volta dos onze, doze anos, a sexualidade é auto-erótica, ou seja, o jovem está mais voltado para si mesmo, para o seu corpo.


Com a intensa excitação, sintomas como medos e fobias podem aparecer.

Também as dores de estômago, de cabeça, as tonturas, roer unhas, gagueira, mexer no cabelo podem ser expressões de conflitos nessa área.
Outras ainda são os medos de monstros, ladrões, ou bichos, que deixam o jovem muito assustado.
Ao mesmo tempo, há uma atração especial pelos filmes de terror, porque sobre eles pode-se projetar todo o horror e pavor que a explosão da sexualidade e as transformações que estão ocorrendo provocam no adolescente.

Entrar em contato com o corpo modificado é algo que quase sempre causa desconforto e estranheza.


Os transtornos alimentares são outro exemplo de quadros que representam conflitos intensos.


A pornografia, o álcool, as drogas, e as gangues também passam a ser alvo de interesse.


Nessa fase, observa-se, também, um afloramento da criatividade, do otimismo, do desejo de justiça, de um idealismo, de buscar tudo que possa tornar a vida melhor.
 
 
OFICINA CRIATIVA COM ALUNAS DO CURSO DE FORMAÇÃO EM ARTETERAPIA




AS TAREFAS DE PSIQUE


O G.E.I.A. (Grupo de Estudos dos Interessados em Arteterapia) trabalhou o mito de Eros e Psique. Confira o trabalho prático resultante desse estudo:

1ª TAREFA- separar os grãos misturados - a Alma adquire a habilidade do Discernimento - aprender a separar os sentimentos.
2ª TAREFA - criar com as lãs - a Alma conclui a tarefa usando a Criatividade - aprender a examinar as situações e perceber oportunidades mesmo naquilo que é difícil.

3ª TAREFA- trazer uma jarra com água - a Alma é ajudada pela Visão (a águia) que dá uma capacidade de perspectiva distante para escolher o melhor momento para ação.

4ª TAREFA - a mais fatal - aprender a desenvolver o Foco - a Alma quer reconquistar Eros, o amor.
O AMOR NECESSITA DO DESEJO PARA PODER VIVER.

A CASA - espaço sagrado

A Casa


Vinicius de Moraes

Era uma casa muito engraçada

Não tinha teto, não tinha nada



Ninguém podia entrar nela, não

Porque na casa não tinha chão



Ninguém podia dormir na rede

Porque na casa não tinha parede



Ninguém podia fazer pipi

Porque penico não tinha ali



Mas era feita com muito esmero

Na rua dos bobos, número zero







terça-feira, 10 de julho de 2012

Estrelinhas de origami


Estrelas
Para mim
Para mim
Estrelas
São para mim
Estrelas para mim
Estrelas
Estrelas
Para quê?
Para quê?
Para quê?
Estrelas para mim
Só para mim
Para mim
Para mim
Para mim
E a treva entre as estrelas
Só para mim
Estrelas
[Arnaldo Antunes / Sérgio Britto]


 * Tirado do blog 361mais5

quinta-feira, 5 de julho de 2012

CIRANDA CIRANDINHA



Vamos todos cirandar!

Vamos dar a meia volta,

Volta e meia vamos dar.



O Anel que tu me destes

Era vidro e se quebrou;

O amor que tu me tinhas

Era pouco e se acabou,



Por isso dona Rosa

Entre dentro desta roda,

Diga um verso bem bonito,

Diga adeus e vá se embora.




ESCOLHAS




“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meio-dia.

É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.

Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Posso lamentar se as coisas não saírem como planejei ou ficar feliz por ter hoje para recomeçar.

O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.

Sorria. Existem pessoas que sonham. Viva. Tente.

Acredite! Espere!

Sempre deve haver uma esperança. Sempre brilhará uma estrela. Chore! Lute!

Faça aquilo que você gosta. Sinta o que há dentro de você.

Descubra aquilo de bom dentro de você. Procure acima de tudo ser gente.

Veja a escuridão com luminosidade.

Mesmo que você se sinta engolido pela baleia, pense que é o momento da luta pela libertação.

As batalhas e o sofrimento fazem parte da nossa vida e devemos simbolizá-los como o triunfo para a transformação, como resposta ao chamado da individuação, do auto-conhecimento.”



( texto adaptado de Charlie Chaplin e James Hollis)







Construção em Arteterapia


Construção – construir: dar estrutura a, edificar, fabricar; organizar, dispor, arquitetar, formar, conceber e elaborar.
Segundo o dicionário de símbolos (Chevalier & Gheerbrant): o simbolismo da construção aparece frequentemente como manifestação do universal, bem como no seu sentido inverso, eis que está firmada no centro do mundo e, também, no seu sentido de volta ao centro.
Na História da Arte: Movimento Construtivista – estilo não figurativo que se desenvolveu nos meados do século XX entre os artistas soviéticos, caracterizando-se pela disposição formal do espaço, das massas, dos volumes e pela utilização de materiais e técnicas industriais modernas (vidro, plástico, etc.).
A construção é uma das possibilidades expressivas em Arteterapia. Ela parte de técnicas básicas das artes plásticas, como modelagem, recorte, colagem, desenho, pintura e de outros materiais.
A construção trabalha com a montagem, desmontagem, equilíbrio e desenvolvimento da coordenação visual e motora do paciente. Possibilita, assim, a vivência com diversas situações, trabalha a percepção e o despertar de valores, como por exemplo: noções de peso, tamanho, forma, posição e espaço. Esta modalidade expressiva visa, ainda, classificar e selecionar materiais, organizando-os para construir de forma pessoal.
Caracteriza-se a construção pela utilização de estruturas tridimensionais. O mundo tridimensional é um espaço composto de comprimento, largura e profundidade. Essas três dimensões buscam a organização, estruturação e o equilíbrio de outros elementos para estabelecer a harmonia e a ordem visual.
As estruturas tridimensionais requerem o nível mais elevado de inteligência visual para trabalhar com relações espaciais em relação a um trabalho bidimensional. Para cada direção da construção, podem-se instituir planos diversos como o vertical, o horizontal e o transversal. Desta maneira, as formas construtivistas, também tridimensionais, são vistas distintamente de diferentes ângulos e distâncias.
Elementos importantes para um trabalho de construção: formato, tamanho, cor e textura.
Formato: aparência externa do trabalho, principal identificação com o seu símbolo central.
Tamanho: variáveis – comprimento, largura, profundidade e volume. Observar a predominância da verticalidade ou da horizontalidade na disposição da estrutura do trabalho.
Cor: ao analisar a construção em relação à cor e a tonalidade, devem-se descrever as cores preponderantes e acessórias ao trabalho.
Textura: pode ser predominante ou não na construção, é adquirida de forma natural sem adorno ou com tratamento especial. O trabalho de construção pode ser feito de várias texturas, sendo que uma pode dominar em relação às demais. As texturas apresentam-se de forma lisa, áspera, fosca, polida, etc.
Na análise dos trabalhos de construção em Arteterapia, é necessário que o arteterapeuta observe todo o processo realizado, indicando por onde o paciente iniciou o trabalho, de que forma uniu as partes; se foi feito individualmente ou em grupo, se necessitou da ajuda do terapeuta, se fez ou desfez alguma parte do processo, etc. Sobretudo as possibilidades de interação e equilíbrio da estrutura organizada devem ser observadas.
Para se trabalhar com construção é importante levar em consideração as etapas gradativas de domínio da técnica, permitindo que o paciente inicie trabalhos com materiais menos complexos até adquirir, na sua produção, uma estrutura mais complexa e integrada formando um corpo sólido.
A técnica de construção em Arteterapia pode ser realizada de forma livre ou dirigida e de forma individual ou coletiva.